segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Pedido de Natal Antecipado


Toda a gente quer ser amada e quase ninguém se presta a amar. Malta: é só fazer as contas. Se um dos propósitos do ser humano é o amor e ninguém se esforça por praticá-lo as chances de ser alvo desse sentimento são quase nulas. Anda tudo a tentar encontrar o sentimento-mor - aquele que dizem que arde e não se vê - e na realidade é mesmo impossível pôr-lhe a vista em cima. Porquê? Porque querem tê-lo mas não fazem nada para o construir como se se tratasse de um qualquer objecto de consumo. Pessoas: o amor não está nas prateleiras. Somos nós (pessoas) que temos que o produzir. Oiço dizer: "Ele não me ama", "Ela não me ama", "Eles nunca amaram", "Eu não o amava". Esses "Eles" e "Elas" somos nós! Amem-se pá! Deixem-se de tretas e respeitem-se! Cuidem do que querem e cultivem o que aspiram colher! Dizem que caminhamos para uma diminuição da capacidade de empatia a passos assolapados. E quem o diz são pessoas que estudam a sério estas coisas. O que eu acho é que as pessoas andam atrás daquilo que elas próprias não têm capacidade de desenvolver e, por isso, peço-vos: não deixem que esta merda morra assim, sem pingo de dignidade e humanismo. Já que não conseguimos inverter o colapso ambiental, sabendo de antemão que isto vai acabar mal, façamos um esforço para que acabe com a memória que fez mover montanhas e inspirou a maior fatia da vida como é conhecida: lembrem-se do que é amar e pratiquem o verbo com todo o respeito que lhe é devido!

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